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quarta-feira, 9 de junho de 2010

O MENDIGO

Positivamente o dia não começou bem. Levantei atrasado e fui direto para o banheiro para o banho matinal, o maldito chuveiro elétrico estava muito quente o que me fez lembrar que eu tinha que pagar a conta de luz que já havia vencido. Aprontei-me correndo e mau tive tempo de tomar o cafezinho e fui logo aquecendo o carro para sair, quando observei que o ponteiro de combustível estava perigosamente perto do reserva, sai em alta velocidade para tentar compensar um pouco do tempo perdido mas confesso que os quebras-mola que tanto me irritavam hoje parece que estavam maiores e mais próximos do que os de costume. Parei no posto de gasolina para abastecer, paguei com o cartão de crédito o que me fez lembrar que a fatura do mesmo já havia chegado e precisava ser paga, rumei em direção da Avenida Brasil com os pensamentos voltados para os compromissos do dia, para a conta de luz, de água, telefone, cartão de crédito, etc. que por pouco não avancei um sinal que já estava no amarelo. Impaciente, com o carro já engrenado em primeira marcha, foi quando deparei com uma cena que mudou o meu dia e talvez o resto da minha vida.
Ele era um mendigo ainda jovem, descalço, com as calças sujas e rasgadas, no ombro desnudo carregava um velho cobertor que o tempo já tinha descolorido e que parecia ser a sua única e derradeira posse. O seu tesouro, mas o que mais chamava a atenção era o seu olhar despreocupado, a cara de felicidade e o sorriso estampado na boca que faltava um dente; Atravessou a rua bem em frente ao meu carro parado, com a cara feliz e quando chegou do outro lado, abaixou-se e apanhou no chão uma guimba de cigarro acesa que rapidamente levou a boca e sorveu a fumaça com avidez enquanto resmungava umas palavras ininteligíveis, agora com o sorriso mais largo e com os olhos úmidos de prazer e felicidade. O sinal abriu e eu arranquei com o carro levando comigo os meus problemas, minhas preocupações, minhas contas a pagar, mas aquela cena simples de rua, com aquele mendigo que nada tinha, mas parecia ter tudo, mudou o meu dia para melhor e talvez tenha mudado a minha ótica de vida toda.

2 comentários:

  1. A vida cada um tem ou faz a que se quer viver, o melhor da vida é vç saber a vida que lhe convem ou que vç pode viver, todos nós temos o livre arbitrio, podemos viver o tipo de vida que quisermos. feliz é aquele que consegue e sabe viver a sua vida de modo saudavel, não se importando com as convenções da vida cotidiana, mas sim vivendo a sua vida com prazer.
    Sendo um nobre ou sendo um plebeu a vida é sua, e o melhor da vida é saber viver.
    Ótima cronica, e que sirva para muitos de nós que só pensamos em nós mesmos, sem lembrar que existe um enorme mundo lá fora.

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  2. linda cronica...Amei parabéns vou te visitar e muitoum beijo da Helena (do recanto)

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