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quarta-feira, 9 de junho de 2010

UM DIA DAQUELES



Tem certos dias que a gente nem devia se atrever a sair de casa, hoje era um dia destes.
Acordei cedo ás 6:05 h, pois aquele maldito relógio digital não poderia deixar de mostrar com aqueles números vermelhos irritantes a hora exata e infalível. Levantei-me devagar e procurei os chinelos do lado da cama e só achei um pé; Já aconteceu isto contigo? Você passa o pé pra lá e pra cá e não consegue achar o bandido do chinelo, aí você tem que abaixar naquela posição que Napoleão perdeu a guerra e descobre inconformado que o dito cujo está exatamente no meio da cama de casal que você estava dormindo, a solução é ir até a cozinha, apanhar uma vassoura ou um rodo (com um rodo fica mais fácil), para pegar o fujão. Passada esta fase desagradável e já de chinelos, você dá uma gostosa espreguiçada e vai ao banheiro para aliviar a bexiga, que é a primeira e inevitável tarefa matinal e inicia a sua higiene pessoal como, escovar os dentes, lavar o rosto, pentear os cabelos, e é aí, justamente aí, que começa a segunda fase desta malfadada manhã; Você já tentou tirar a pasta de dentes quando está quase acabando, destas que são inteiramente de plástico? Você aperta dali, aperta daqui, a pasta chega na portinha e quando você consegue apanhar a escova de dentes, a bandida pasta volta a se esconder de novo. Isto faz me lembrar com saudades à velha pasta de dentes que vinha num tubo de metal, que você ia enrolando, enrolando até tirar a última gota de pasta da danada; O jeito era apanhar uma pasta de dente nova num lugar que eu nunca consigo me lembrar onde minha mulher guarda.
Depois de lavado o rosto, penteado os cabelos sem nenhum incidente, pula para a terceira fase que é a do cafezinho matinal, que logo após ser ingerido provoca uma revolta característica na barriga que você tem que correr logo para o trono, sem se esquecer de levar os óculos, pois lá no banheiro já existe a minha biblioteca de emergência que sempre tem uma literatura variada (própria para a ocasião), e se sentar sem pressa, sem nenhum sentimento de culpa e realizar satisfatoriamente a sua rotina natural; Mas, exatamente depois de satisfeitos os imperiosos e urgentes ditames da mãe natureza, começa o problema, pois ao olhar mecanicamente para o lado onde deveria estar dependurado um rolo de papel higiênico, deparo desiludido com um rolinho de madeira vazio e estático. Você já se deparou com uma situação desagradável como esta? A minha maior sorte é que na minha casa ainda resiste ao avanço do progresso, uma antiga e utilíssima peça (já em extinção), mas que me safou naquela hora, é o mal afamado bidê; Aí foi só lavar as partes em questão, esperar até que seque, e voltar para a cama, pois nestes dias que começam deste jeito não é conveniente se arriscar muito.

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