Sejam Bem Vindos!

Que todos que por aqui passarem, possam conhecer um pouco de mim.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

EU ESTOU DE OLHO

Uma das coisas que mais me impressiona nos dias de hoje, é que a estatística, uma parte importante da matemática que organiza e analisa dados com uma pequena margem de erros, está cada vez mais precisa nas suas predições. Mas quando se trata de informações dadas por integrantes do governo, aí é que o bicho pega, eles na maior cara de pau deste mundo se utilizam deste meio tão útil e eficaz, para mascararem a sua total inoperância e insensatez e manipulam os dados estatísticos de acordo com as suas necessidades para enrolarem os incautos cidadãos. Quando eu ouço falar no índice de inflação apregoado pelo governo, na taxa de crescimento, nas taxas de mortalidade infantil, etc... A minha impressão é que o numero deles não batem com a realidade que eu consigo enxergar, nem com a realidade do meu Estado.
Vocês já viram algum pronunciamento da Secretária de Saúde do Município do Rio Janeiro? Uma senhora com cara de quem sofre de uma síndrome de abstinência sexual crônica e com aquela boca de quem acabou de chupar um limão azedo (desculpem o pleonasmo), dando os últimos dados estatísticos sobre os casos de dengue na cidade do Rio de Janeiro, dá pra acreditar? Ainda mais na atual faze, onde todo caso de febre, mais dor no corpo virou uma “virose” inespecífica como um diagnóstico final e incontestável.
O negócio é que temos de ficar de olho, pois além de termos que usar um filtro solar contra os raios ultravioleta, ainda temos que usar um bom repelente para evitar as terríveis e ameaçadoras picadas dos mosquitos transmissores da dengue. Devidamente besuntados de cremes e ainda por cima usando o desodorante diário e a inevitável loção após a barba, Isto tudo junto, forma uma mistura aromática capaz de afastar qualquer mosquito e também qualquer mulher de bom gosto, pois com este cheiro não há inseto ou nariz que agüente.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

A VISITA ANUAL

    Lá se vão uns cinco anos que habitualmente tenho que fazer a visita ao meu urologista para saber a quantas anda o estado da minha próstata. É claro que não é a coisa mais agradável deste mundo, mas se faz necessária e com a simpatia do Dr. Bittar (o meu urologista), e a forma com que ele consegue te descontrair com o seu humor e inteligente, torna a coisa mais suportável.
    Embora, este ano, por causa de uma incômoda incontinência urinária, e não por uma enorme ansiedade (o que afirmam os meus colegas de trabalho), eu tive que fazer esta visitinha uns meses antes de completar um ano. Na minha despretensiosa crônica anterior, na qual eu narrei a minha primeira visita a um urologista, que por motivos óbvios não foi uma experiência das mais agradáveis, cheguei a afirmar que até ouvi a trilha sonora do filme “o tubarão”, quando o Dr. Bittar se aproximava de mim com o dedão em riste. Mas, já decorreram cinco anos da minha iniciação no clube dos “tocados”, claro que não ouço mais aquela trilha sonora, e muito menos a trilha de “Love Story”, (como continuam me sacaneando os meus colegas), mas após cinco anos ainda ouço em auto e bom som a trilha sonora do filme psicose do nosso saudoso Alfred Hitchcock.
    Mas, voltando a vaca fria, isto é, a minha quinta visita ao urologista, e após o famoso toque retal, (que para minha insatisfação, já estou me acostumando), e por conta da incontinência urinária, o doutor pediu-me para fazer um exame de ultrassonografia ABDOMINAL da próstata, que apenas confirmou, a sua experiente opinião com relação a boa forma da minha glândula em questão, e a incontinência urinária, provavelmente seria por conta de uma infecção da qual fui orientado e medicado. Em seguinte explicou-me que a partir de certa idade, a micção, isto é o ato de mijar, nunca mais vai ser como na adolescência, e quase sempre será em duas etapas, a primeira mais volumosa, e após duas piscadas do prejudicado, virá a segunda etapa menos volumosa e final. Mas como todos já sabem, não adianta sacudir, sacudir, sacudir, que os últimos pingos continuam sendo da cueca...

Ps: Deixo abaixo, a última estrofe do poema de um gaúcho e de seu exame.

Depois daquela tragédia
Que pior pra mim não tem
Não comentei com ninguém
Pra evitar falatório
Se alguém fala em consultório
Não faço nenhum segredo
Dessa macheza que trago
Mas cada vez que eu me cago
Me lembro daquele dedo

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A GLÂNDULA FATÍDICA


Quem somos nós simples mortais falíveis, para criticar ou duvidar da grande obra da criação, completa, perfeita e infalível nos seus mínimos detalhes, realizadas pelo Criador, o grande arquiteto do Universo e que culminou a sua obra inigualável, criando o homem e a mulher pra poder desfrutar em toda plenitude, a sua criação.
Mas eu, homem pecador contumaz, apesar dos esforços para me comportar corretamente, confesso que às vezes fico revoltado erroneamente claro, com algumas coisas que foram colocadas em nós homens, acredito para testar a nossa capacidade de tolerância às agruras desta vida.
Tem uma bendita glândula que nos foi imposta pelo Criador e que tem uma vital importância na procriação da espécie humana, mas ela começa a crescer assim que nascemos, continua crescendo, e mais ou menos aos quarenta e cinco anos de idade, começa a atormentar a nossa vida a tal ponto de até modificar os nossos conceitos de masculinidade que nos foi passada pelos nossos pais e avós. O “Aurélio” diz o seguinte sobre a dita cuja: Próstata – glândula própria do sexo masculino, e que circunda o colo vesical e parte da uretra, responsável pela fabricação do líquido lubrificante, vital na condução dos espermatozóides. Mas devia dizer um pouco mais, que após o homem entrar na maturidade começa a aporrinhar a nossa vida, mudar nossos hábitos, pois temos que começar a ter a preocupação de visitar periodicamente, pelo menos uma vez por ano, “seu” Urologista. (Observe o tratamento já bastante intimista) O “meu”, um médico baixinho, simpático e para minha infelicidade, é suficientemente sarcástico para contar aquelas piadinhas sem nenhuma graça, enquanto coloca as luvas já previamente untadas de vaselina, enquanto eu, completamente despido de roupas mas coberto de vergonha, sou convidado por ele com um tom bastante persuasivo a subir numa geringonça metálica e fria e me colocar numa ridícula posição ginecológica, enquanto o miserável se aproxima de mim com o dedo médio em riste. Confesso envergonhado que cheguei a ouvir o tema musical de “O tubarão”.
O resto eu prefiro pular por motivos óbvios, mas depois de constatado que a minha próstata continua elástica, permeável e preservada (palavras dele) e sem nenhum caroço preocupante, aqui fica um conselho de um veterano desses colóquios inevitáveis. È melhor levar uma dedada com dignidade, do que constatar que tem um câncer já em estado avançado.
Obs: E para finalizar, testifico, não adianta mais sacudir, sacudir, que na nossa idade, o último pingo, é sempre e inevitavelmente da cueca.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

UM DIA DAQUELES



Tem certos dias que a gente nem devia se atrever a sair de casa, hoje era um dia destes.
Acordei cedo ás 6:05 h, pois aquele maldito relógio digital não poderia deixar de mostrar com aqueles números vermelhos irritantes a hora exata e infalível. Levantei-me devagar e procurei os chinelos do lado da cama e só achei um pé; Já aconteceu isto contigo? Você passa o pé pra lá e pra cá e não consegue achar o bandido do chinelo, aí você tem que abaixar naquela posição que Napoleão perdeu a guerra e descobre inconformado que o dito cujo está exatamente no meio da cama de casal que você estava dormindo, a solução é ir até a cozinha, apanhar uma vassoura ou um rodo (com um rodo fica mais fácil), para pegar o fujão. Passada esta fase desagradável e já de chinelos, você dá uma gostosa espreguiçada e vai ao banheiro para aliviar a bexiga, que é a primeira e inevitável tarefa matinal e inicia a sua higiene pessoal como, escovar os dentes, lavar o rosto, pentear os cabelos, e é aí, justamente aí, que começa a segunda fase desta malfadada manhã; Você já tentou tirar a pasta de dentes quando está quase acabando, destas que são inteiramente de plástico? Você aperta dali, aperta daqui, a pasta chega na portinha e quando você consegue apanhar a escova de dentes, a bandida pasta volta a se esconder de novo. Isto faz me lembrar com saudades à velha pasta de dentes que vinha num tubo de metal, que você ia enrolando, enrolando até tirar a última gota de pasta da danada; O jeito era apanhar uma pasta de dente nova num lugar que eu nunca consigo me lembrar onde minha mulher guarda.
Depois de lavado o rosto, penteado os cabelos sem nenhum incidente, pula para a terceira fase que é a do cafezinho matinal, que logo após ser ingerido provoca uma revolta característica na barriga que você tem que correr logo para o trono, sem se esquecer de levar os óculos, pois lá no banheiro já existe a minha biblioteca de emergência que sempre tem uma literatura variada (própria para a ocasião), e se sentar sem pressa, sem nenhum sentimento de culpa e realizar satisfatoriamente a sua rotina natural; Mas, exatamente depois de satisfeitos os imperiosos e urgentes ditames da mãe natureza, começa o problema, pois ao olhar mecanicamente para o lado onde deveria estar dependurado um rolo de papel higiênico, deparo desiludido com um rolinho de madeira vazio e estático. Você já se deparou com uma situação desagradável como esta? A minha maior sorte é que na minha casa ainda resiste ao avanço do progresso, uma antiga e utilíssima peça (já em extinção), mas que me safou naquela hora, é o mal afamado bidê; Aí foi só lavar as partes em questão, esperar até que seque, e voltar para a cama, pois nestes dias que começam deste jeito não é conveniente se arriscar muito.

O MENDIGO

Positivamente o dia não começou bem. Levantei atrasado e fui direto para o banheiro para o banho matinal, o maldito chuveiro elétrico estava muito quente o que me fez lembrar que eu tinha que pagar a conta de luz que já havia vencido. Aprontei-me correndo e mau tive tempo de tomar o cafezinho e fui logo aquecendo o carro para sair, quando observei que o ponteiro de combustível estava perigosamente perto do reserva, sai em alta velocidade para tentar compensar um pouco do tempo perdido mas confesso que os quebras-mola que tanto me irritavam hoje parece que estavam maiores e mais próximos do que os de costume. Parei no posto de gasolina para abastecer, paguei com o cartão de crédito o que me fez lembrar que a fatura do mesmo já havia chegado e precisava ser paga, rumei em direção da Avenida Brasil com os pensamentos voltados para os compromissos do dia, para a conta de luz, de água, telefone, cartão de crédito, etc. que por pouco não avancei um sinal que já estava no amarelo. Impaciente, com o carro já engrenado em primeira marcha, foi quando deparei com uma cena que mudou o meu dia e talvez o resto da minha vida.
Ele era um mendigo ainda jovem, descalço, com as calças sujas e rasgadas, no ombro desnudo carregava um velho cobertor que o tempo já tinha descolorido e que parecia ser a sua única e derradeira posse. O seu tesouro, mas o que mais chamava a atenção era o seu olhar despreocupado, a cara de felicidade e o sorriso estampado na boca que faltava um dente; Atravessou a rua bem em frente ao meu carro parado, com a cara feliz e quando chegou do outro lado, abaixou-se e apanhou no chão uma guimba de cigarro acesa que rapidamente levou a boca e sorveu a fumaça com avidez enquanto resmungava umas palavras ininteligíveis, agora com o sorriso mais largo e com os olhos úmidos de prazer e felicidade. O sinal abriu e eu arranquei com o carro levando comigo os meus problemas, minhas preocupações, minhas contas a pagar, mas aquela cena simples de rua, com aquele mendigo que nada tinha, mas parecia ter tudo, mudou o meu dia para melhor e talvez tenha mudado a minha ótica de vida toda.

terça-feira, 8 de junho de 2010

DE QUEM É A CULPA

De:Ciro Fonseca

Deus quando criou o homem e a mulher, nos deu a capacidade de escolhermos entre sermos bons ou maus, isto não implica absolutamente em sermos ricos ou pobres, saudáveis ou doentes, alegres ou tristes, tímidos ou arrogantes, e assim por diante... A maneira como vamos interagir com os outros ou com a própria natureza que nos foi ofertada graciosamente pela suprema Divindade, é que vai traçar a nossa trajetória no nosso curto espaço de vida.
Se você parar para pensar um pouco, vai perceber que os acertos, a alegria e a felicidade, como também a culpa, os erros, as decepções e as desgraças são privilégios de uma vida consciente. Quando acertamos, somos alvos dos reflexos do nosso sucesso, e isso nos dá alegria e, por conseguinte nos traz felicidade. Quando erramos e somos alvos de críticas, de difamações, temos que reagir satisfatoriamente e não nos trancafiarmos em nossas gaiolas emocionais, completamente alienados as misérias bem maiores que as nossas.
      Trabalhamos, compramos, vendemos e construímos relações sociais, discorremos sobre política, economia e ciências, sem poder alcançar sua complexidade. Escrevemos milhões de livros e os armazenamos em imensas bibliotecas, mas somos apenas crianças. Não sabemos quase nada sobre o que somos, somos bilhões de meninos que, por décadas a fio, brincamos de adultos neste deslumbrante planeta. Quando consideramos a brevidade da existência dentro do pequeno parêntese do tempo que nos foi legado, e refletimos sobre tudo que esta além de nos, enxergamos nossa pequenez. Quando consideramos que um dia tombaremos no silêncio de um túmulo, tragados pela vastidão da existência, compreendemos nossas extensas limitações e, ao depararmos com elas, deixamos de sermos egocêntricos e libertamo-nos para sermos apenas seres humanos. Saímos da condição de sermos o centro do Universo, para sermos apenas uns andantes nas trajetórias que desconhecemos...
            Mas se vocês estão pensando que eu vou continuar esta despretensiosa crônica tentando desvendar os intrincados caminhos da mente humana, com afirmações com teorias psicológicas freudianas, estão muito enganados, simplesmente eu não resisti à tentação em transcrever algumas frases de um livro imperdível que estou lendo e, aproveito para recomendar para os meus amigos que me aturam lendo as minhas crônicas, o livro chama-se “ O vendedor de sonhos” de Augusto Cury.
           Na verdade toda esta retórica bonita e inteligente que o autor tenta nos passar, se resume na incapacidade que tem o homem de se livrar de seus problemas e de suas frustrações e na interminável e às vezes infrutífera busca da felicidade e do bem estar. Basicamente pela incapacidade de sonhar e de correr atrás de seus sonhos. Seja generoso consigo mesmo! A generosidade é uma palavrinha que habita os dicionários, mais raramente o coração do homem, que ilhados em seu mundo, tinham perdido o sabor indecifrável de se doar, abraçar, dar uma nova chance.
Caramba, esta coisa pega, quase que eu escorrego pelas frases pomposas e de difícil compreensão, porque afinal de contas somos apenas seres humanos cheios de falhas e defeitos, quase sempre incapazes de agir corretamente nas horas certas e nos momentos certos, afinal:
A culpa é dos gametas!

COLCHA DE RETALHOS



Por: Ciro Fonseca

Revirando os arquivos da memória e recolhendo alguns retalhos de uma adolescência de menino pobre, criado no subúrbio carioca e extremamente preocupado e ansioso para conquistar minha identidade humana e meus espaços nos intrincados caminhos da vida e em virtude disto tentava desesperadamente buscar o auto conhecimento para tentar me livrar de todas as dificuldades, curando-me a mim próprio pelos raios do sol de minhas esperanças e lavando-me pelas chuvas de minhas mágoas.
A busca desta identidade me levava a consciência plena e digna da missão dada pelo criador e pela busca do meu espaço neste mundo complicado e assustador; Tentando de todas as maneiras dignificar o presente do dom da vida dado por Deus, estimulando dentro de mim mesmo a simplicidade, a humildade, o prazer de poder contemplar a magnífica e inigualável obra do Ser Supremo em toda a sua complexidade e vastidão. Sentir a grandiosidade da participação no mistério cósmico que nos une a natureza tais como: as montanhas, ao mar, a chuva, as árvores, num agigantamento de nosso ser como parte integrante desta obra magnífica e num aprofundamento de nossa originalidade pessoal, ao mesmo tempo misteriosa e aparentemente tão simplória se levarmos em conta o simples ato da concepção, que é meramente impossível submetê-la a uma descrição plausível e compreensível aos olhos humanos.
Deixar crescer dentro de mim mesmo conceitos próprios que à medida que vão se aprofundando, expandem-se e contraem-se semelhantes às sombras que são influenciadas pelo sol e pelas nuvens. Tentar por todos os meios possíveis, buscar o conhecimento do complicado processo do crescimento espiritual, na busca do precioso presente da vida que tantas pessoas não conseguem compreender tal a sua grandeza impar e simplesmente vivem, sem ao menos observar e muito menos aproveitar em toda a sua plenitude a grandiosidade da obra de Deus, tão aparentemente simples aos olhos humanos, mas meticulosamente articulada em toda a sua plenitude natural.