Eu ando
muito antenado com o rumo que as coisas estão tomando. O mundo atual perdeu
todo o romantismo, todo o lirismo, toda a moral.
O amor já
teve um toque sagrado, a magia de uma inutilidade deliciosa, curtida a ponto de
nos tirar da vida comum. Não existe mais o amante sofrendo da mais profunda
solidão, não existem mais Romeus nem Julietas, nem as serenatas cantadas para
as amadas que suspiravam nas sacadas, nem o “até que a morte nos separe”. O
ritmo acelerado da modernidade atual fez o amor tomar outro rumo, o vil metal
contabilizou o amor, matando o seu mistério impalpável.
A
publicidade acabou derrotando o amor, demonstrando em propagandas o shampoo das
estrelas glamorosas, o sabonete que seduz, a cerveja que é devassa, a uma
obscenidade flutuando no ar o tempo todo, uma propaganda difusa do sexo
impossível de cumprir.
Mas
confesso envergonhado, que não sei bem se sinto saudades do passado, ou vivo a
falta de vergonha do presente. Antigamente o homem quase tinha verdadeiros orgasmos
quando via uma perna cruzada, colocando a mostra um joelho bem torneado, e a
sua imaginação fazia o resto. Quantas unhas rachadas tentando pegar peitinhos
protegidos por soutiens inacessíveis, ou abaixar calcinhas intransponíveis.
Hoje as
mulheres estão expostas em sites pornôs em todas as posições possíveis e
imagináveis, fazendo coisas que só eram admitidas em câmaras secretas, ou em
apartamentos devidamente alugados para esta finalidade amorosa. O amor virou um
objeto de consumo, um fast Love, como diria o cronista Arnaldo Jabor.
E aí eu
pergunto para os que viveram a época de um amor cortês e duradouro, e vivem
hoje a realidade de um amor programado para durar pouco. Será que realmente
prefeririam os amores impossíveis, aos suicídios de formicida com guaraná, ou
preferem viver nesta profusão de mulheres nas ruas e na Internet, sempre dispostas
a fazer sexo a todo instante, basta clicar.
Eu não
sou um amoral, nem tampouco um moralista antiquado que vive chorando por amores
impossíveis, mulheres utópicas. Sou muito bem casado a mais de 40 anos, sempre
com a mesma e querida mulher. Mas que a coisa hoje em dia está muito mais fácil
pros mais jovens, isto está!
Estamos
virando objetos de consumo, e precisamos aprender a amar de novo? Ou deixamos
que a obscenidade reinante nos envolva com seus tentáculos provocantes...
Olá! Sinceramente, concordo com você, e sei que muita gente nos chamará de antiquados... mas prefiro ser antiquada a ser vulgar. A imaginação dos homens não precisa mais ser instigada; e a imaginação era o que realmente tornava tudo mais excitante! Hoje, basta olhar para o lado, e a banalização da figura humana estará exposta a quem desejar ver. Infelizmente...
ResponderExcluirLindo Dia.Um Sol a todos.O amor tomou outros rumos.Assino contigo.Sou a favor de um amor Selvagem,entre amores reconhecidos eternos entre Almas Gêmeas,amor verdadeiro.Ai sim é um deleite uma entrega total.Só que misturaram as estações,e agora o sexo ultrapassou a ESSÊNCIA -Amor da Estrela guia.Não sou entendida nos assuntos,não sou moralista,não sou perdida,sou apenas alguém que divulga o amor entre todo Universo.Parabéns.Bjus\Flor*
ResponderExcluirOlá! Vim retribuir sua visita! Obrigada pelos comentários no "Recanto das Letras"!
ResponderExcluirAdorei seu texto, e concordo com você. Mas ainda deposito esperanças na delicadeza, no que há de sensível em cada um, ainda que camuflado pelas máscaras do mundo de hoje.
Parabéns pelo blog!!! Se quiser conhecer meu cantinho, visite http://www.asomadetodosafetos.blogspot.com.br/
Será uma honra! Um abraço!!!